Previna-se contra a “Febre Amarela”!
O tema “febre amarela” foi abordado pelo Vereador Heldemir Azevedo Alves, na primeira Reunião Ordinária da Sessão Legislativa de 2018, que aconteceu no dia (23/01), com início às 19:00h.
O Vereador salientou que o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), no Município, está com índices alarmantes e orientou ao presidente da Câmara na realização de uma campanha, através dos meios de comunicação da instituição, na publicação, alerta e orientação à toda comunidade sobre prevenções tanto na vacinação quanto na verificação de vasos, pneus e outros utensílios que facilitam a procriação do mosquito transmissor do vírus.
Nossa região está na mira dos órgãos de saúde responsáveis e já constam alguns casos de morte confirmados por essa doença infecciosa na cidade de Goianá e Mar de Espanha.
Segundo informações da recepcionista do ESF Santa Rita, Evelise S. Tavares, o atendimento à população foi intensificado já por duas semanas e continuará na campanha de prevenção contra a febre amarela até que o Ministério da Saúde informe a estabilidade do quadro viral. O ESF Santa Rita, como os outros postos de vacinação do Município, está aplicando a dose única contra a doença que previne o vírus definitivamente por toda a vida.
A recepcionista ainda afirmou que, além da campanha, a vacinação contra a febre amarela e outras doenças são disponibilizadas o ano todo nos postos de saúde e foram intensificadas por conta dos fatos ocorridos no país..
Deste modo, iremos publicar nesta edição algumas notícias que ajudarão a esclarecer a todos os cidadãos sobre o que é a febre amarela, suas causas e sintomas.
O que é Febre amarela?
A febre amarela é uma doença infecciosa causada por um vírus e transmitida por mosquitos. A infecção pode ser categorizada de duas formas: febre amarela urbana, quando é transmitida pelo Aedes aegypti; ou febre amarela silvestre, quando transmitida pelo Haemagogus e Sabethe.
A doença é considerada aguda e hemorrágica e recebe este nome, pois causa amarelidão do corpo (icterícia) e hemorragia em diversos graus. O vírus é tropical e mais comum na América do Sul e na África. Apesar de ser considerado um vírus perigoso, a maioria das pessoas não apresentam sintomas e evoluem para a cura.
A febre amarela pertence à classificação das arboviroses, tendo várias diferenças entre a dengue e o Zika vírus, apesar de pertencerem à família dos Flavivírus.
Casos de Febre Amarela 2017/2018
Em janeiro de 2017, o estado de Minas Gerais começou a investigar 23 casos suspeitos de febre amarela. Hoje, a região soma nove óbitos desde julho de 2017. Em outros estados também há um aumento de casos: 24 mortes em São Paulo até o dia 10/01, sendo seis delas apenas em 2018. No Rio de Janeiro ocorreram nove óbitos devido à febre amarela silvestre em 2017 e um em 2018.
O último surto de febre amarela no Brasil ocorreu entre 2008 e 2009, quando 51 casos foram confirmados.
Dose fracionada da vacina
Dada a situação, o Ministério da Saúde começará uma campanha de vacinação em fevereiro oferecendo doses fracionadas da vacina. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacina com dose completa dura a vida toda, enquanto a fracionada valerá por nove anos. A nova regra, já utilizada em países como a Angola, ganhou destaque após análise da Comissão Nacional de Imunização, que apurou a duração da vacina.
Inicialmente, estimava-se que a proteção da dose fracionada seria de apenas de um ano, mas houve um acompanhamento com as pessoas que a receberam e o resultado foi satisfatório.
Causas
A febre amarela costuma ser transmitida por mosquitos, principalmente o Aedes aegypti (em áreas urbanas) e o Haemagogus (em áreas rurais). O mosquito é infectado ao picar uma pessoa, ou animais com a doença, e então a desenvolve e passa a transmiti-la para a quem ele picar.
Existem dois ciclos da febre amarela:
Febre amarela silvestre: em que mosquitos dessas regiões se infectam picando primatas com a doença e podem transmitir a um humano que visite este habitat.
Febre amarela urbana: em que um humano infectado anteriormente pela febre amarela silvestre a transmite para mosquitos urbanos, como o Aedes aegypti, que a dissemina.
É importante alertar que em ambos os casos a doença é a mesma, a diferenciação do ciclo de transmissão apenas ajuda nas estratégias para evitar a disseminação da febre amarela.
A pessoa permanece em estado de viremia, ou seja, capaz de transmitir o vírus para mosquitos, por até 07 dias após ter sido picada.
Normalmente o vírus causa sintomas em pessoas que nunca tiveram a doença ou que nunca tomaram a vacina contra febre amarela. Não há relatos de transmissão de febre amarela direta entre pessoas.
Fatores de risco
Pessoas que nunca entraram em contato com a febre amarela ou nunca se vacinaram contra ela correm o risco de contrair a doença ao viajarem para locais em que a doença é ativa, mesmo que não haja casos recentes reportados nessas regiões.
O risco é maior para as pessoas com mais de 60 anos de idade e qualquer pessoa com imunodeficiência grave devido a HIV/AIDS.
Sintomas de Febre amarela
Muitas pessoas que contraem a febre amarela não apresentam sintomas, e quando os apresentam, os mais comuns são:
Febre
Dores musculares em todo o corpo, principalmente nas costas, dor de cabeça, perda de apetite, náuseas e vômito, olhos, face ou língua avermelhada, fotofobia, fadiga e fraqueza. Os sintomas nesta fase aguda da doença costumam durar entre três e quatro dias e passam sozinhos.
No entanto, uma pequena porcentagem de pessoas pode desenvolver sintomas mais graves, cerca de 24 horas após a recuperação dos sintomas mais simples. Nesta fase chamada de tóxica, o vírus pode atingir diversos órgãos e sistemas, mas principalmente o fígado e rins. Os sintomas dessa fase são:
Retorno da febre alta
Icterícia, devido ao dano que o vírus causa no fígado;
Urina escura;
Dores abdominais;
Sangramentos na boca, nariz, olhos ou estômago.
Em casos mais graves o paciente pode apresentar delírios, convulsões e até entrar em coma.
Dependendo do dano causado no organismo, esta fase da febre amarela pode levar a morte no intervalo entre sete e dez dias. Por isso, pessoas que são diagnosticadas com a doença devem estar atentas ao aparecimento dos sintomas iniciais e observar se os sintomas mais graves se manifestaram, para busca do auxílio médico.