Câmara segue apoiando as campanhas inerentes à prevenção da saúde e da integridade física de crianças e adolescentes
A campanha “Maio Vermelho” foi criada para alertar a população contra os perigos que a hepatite pode acarretar na vida. E a Câmara Municipal de São João Nepomuceno traz dois temas de grande importância neste mês de maio, a Hepatite e a exploração sexual contra crianças e adolescentes.
No “Maio Vermelho” vamos abordar sobre a hepatite. Trata-se de uma doença muitas vezes silenciosa e que geralmente não apresenta sintomas até que atinja maior gravidade, mas que tem como aliada no combate o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Segundo dados do Ministério da Saúde, atualmente mais de 500 mil pessoas convivem com o vírus C da Hepatite e ainda não sabem. O levantamento também aponta que na última década houve redução de 7% no número de casos de notificados da doença no país.
Os principais fatores de causa das hepatites começam pela inflamação no fígado e quando apresentam sintomas são em forma de fadiga, dores musculares, dores nas articulações, dores abdominais, perda de apetite, náuseas, diarreia, febre baixa, urina bem escura e fezes, pele e olhos amarelados. A doença é classificada por letras do alfabeto em A, B, C, D (Delta) e E, sendo o tipo C da doença mais prevalente e também a mais letal.
A hepatite A é transmitida ao se consumir água ou alimentos contaminados por fezes infectadas, principalmente quando o saneamento básico e a higiene pessoal são precários. Já a hepatite B é considerada uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) e também pode ocorrer durante a gravidez ou o parto, pelo compartilhamento de seringas, agulhas, materiais de higiene pessoal e por transfusão de sangue contaminado. A hepatite C pode ser transmitida e evitada das mesmas formas da hepatite B. No entanto, a hepatite C também pode estar relacionada a diabetes tipo 2 e evoluir para quadros mais graves, como insuficiência hepática, cirrose e câncer, antes mesmo do diagnóstico. Menos frequente, o contágio pelo vírus da hepatite D acontece em conjunto ou após a contaminação pelo vírus do tipo B. Já a transmissão da hepatite E são semelhantes aos da Hepatite A, mas esse é o tipo da doença mais raro no Brasil.
“Assassina silenciosa” é o apelido temerário da hepatite C
A hepatite C é uma doença viral transmitida principalmente pelo sangue contaminado com o vírus. Vista como uma epidemia em tempos modernos, é conhecida como a “assassina silenciosa”. Diferente dos outros tipos de hepatites, A e B, boa parte dos casos de hepatite C não apresenta sintomas na fase aguda da inflamação do fígado. O paciente pode conviver durante décadas com a doença, e somente perceber que algo está errado quando os olhos começam a ficar amarelados e a barriga e as pernas incham. Estima-se que a hepatite C atinja 3 milhões de brasileiros, enquanto que em todo mundo são 200 milhões, cerca de 3% da população. Anualmente, 1,5 milhão de pessoas morrem devido às suas complicações. A hepatite C apresenta subtipos, que são os genótipos e variam de 1 a 6. Sendo os genótipos 1 e 3 mais frequentes no Brasil.
A hepatite C é uma doença crônica e se não for tratada pode evoluir para uma fibrose (cicatriz no fígado), depois cirrose e, em casos mais avançados, evolui para câncer no fígado, sendo necessária a realização de um transplante. A faixa etária mais comum de pessoas infectadas é entre os 40 e 50 anos, mas todos podem contrair o vírus, por isso a atenção deve ser redobrada.
Formas de tratamento
O tratamento pode variar para cada tipo de hepatite, mas é possível tratar a doença com medicamentos antivirais. Somente um médico pode dizer qual a melhor forma de tratamento, a medicação mais indicada para o determinado tipo de hepatite bem como a dose a duração correta. O importante é seguir as orientações médicas e não interromper o tratamento.
Maio Laranja
Fazendo uma dobradinha neste mês de maio, a Campanha “Maio Laranja” pretende alertar a população para o enfrentamento de um problema sério que acontece no Brasil: o abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes.
No ano de 2020, dados da central de atendimento de direitos humanos, relativos aos quatro primeiros meses do ano, apontam que 90% dos casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes são praticados por pais, mães, padrastos ou outros parentes das vítimas. Ao todo, mais de 17 mil denúncias foram recebidas.
Para a Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, os números demonstram que é preciso investir no fortalecimento dos vínculos familiares e na fiscalização, por meio da equipagem, treinamento e proteção dos conselheiros tutelares.
“Já iniciamos com a entrega de kits para os conselhos. Foram 28 e temos outras 188 cidades a serem contempladas ainda este ano. Também investimos na melhoria do canal de atendimento, o Disque 100. Mas sabemos que a chave para mudar essa realidade está mesmo na família”, diz a ministra.
A secretária nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Petrúcia Andrade, diz que o fato de os abusos envolverem pessoas da confiança dos menores preocupam.
“O núcleo de confiança de dentro e fora de casa também aparece no relatório de denúncias do Disque 100. A cultura do abuso se espalha no Norte, Sudeste e Nordeste do País. A proposta é desenvolvermos metodologias para abordar e identificar quando algo está errado”, explica.
Disque 100
O Disque 100 funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel (celular), bastando discar 100.
O serviço pode ser considerado como “pronto-socorro” dos direitos humanos pois atende também graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes, possibilitando o flagrante.
Fonte: http://missaomulheresdoagro.com.br/maio-laranja